Quando o proprietário compra um carro novo, é necessário realizar o que chamamos popularmente de “ amaciamento do motor ”. Este processo serve para adequar as peças novas presentes no interior da mecânica do carro. E ajuda o veículo a funcionar corretamente, aumentando a vida útil e a eficiência do automóvel.
Entretanto, há muitos mitos em relação a este amaciamento. Esta ação de adequação do veículo também mudou bastante ao longo dos anos, como você irá saber agora:
Antigamente, se o proprietário não seguisse as recomendações de amaciamento do motor descritas no manual, ele corria o risco de ter o motor quebrado ou outros danos severos ao veículo.
Estes problemas aconteciam porque as peças internas do motor saíam de fábrica com pequenas imperfeições. Conforme a parte do motor entrava em movimento, acontecia atrito entre pistões, tambores e outras peças, liberando pequenas partículas de ferro (limalha) dentro do motor. O acúmulo desta limalha poderia ser fatal para o veículo.
Um exemplo de como esta situação poderia ser séria: A Rural Wilys tinha dentro de seu cárter um pequeno imã para atrair e unir todas as partículas de limalha de ferro, impedindo que elas entrassem no motor.
Com o aumento da tecnologia e da precisão na fabricação dos motores, os danos do movimento a um motor recém-fabricado são bem menores. Hoje em dia, o amaciamento passou de uma etapa vital do motor para apenas um ajuste fino das peças mais sensíveis. Isso permite que o carro funcione de maneira ideal.
As recomendações de amaciamento de motor estão presentes na maioria das montadoras. Elas estão detalhadas no manual do proprietário, que deve ser lida pelo motorista e seguida com atenção e rigor.
Alguns dos modelos mais modernos, com injeção eletrônica, “aprendem” sobre a forma de dirigir do motorista ao longo do amaciamento. Comportando-se de forma mais adequado com o tempo de rodagem.
Recomendações de amaciamento do motor
A maioria das montadoras, de forma geral, dá recomendações aos proprietários de veículos novos para que não façam acelerações abruptas e nem andem com o veículo em alta rotação por longos períodos, entretanto, o amaciamento do motor varia de acordo com cada modelo e cada montadora. Confira algumas dicas das fabricantes:
- Fiat: Não utilizar rotação máxima nos primeiros 1.600 km do veículo, tampouco manter o motor em altas rotações por longos períodos (ou seja, pegar estrada).
- Chevrolet: Nos primeiros 100 km, o motorista não deve acelerar subitamente e nem usar rotação máxima do motor. Além disso, ele não é recomendado a fazer qualquer tipo de reboque.
- Volkswagen: Até 300 km, pede-se para não realizar freadas fortes. Além disso, é recomendável não usar rotação máxima até 1.500. Após este prazo, recomenda-se evolução gradual dos giros do motor.
- Ford: Variar entre rotações altas e baixas nos primeiros 1.500 km, evitando usar o giro máximo no período.
- Honda: Evitar altas velocidades nos primeiros 1000 km, assim como evitar frenagens fortes nos primeiros 300 km.
- Hyundai: não usar velocidades constantes até os primeiros 1.000 km e não usar mais de 4000 rpm no mesmo período.