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Esticar marcha estraga o motor?

Os motores de carros precisam de diferentes marchas para que o motor consiga transferir a sua força para as rodas. Como o torque de um motor automobilístico à combustão se dá por ciclos, e não de uma única vez. Várias engrenagens dentadas são utilizadas para realizar a transmissão de velocidades do veículo, tanto na aceleração, como na redução. E o quanto deve-se “esticar” as marchas pode fazer toda a diferença na vida útil do seu motor.

Mas afinal esticar marcha do carro estraga o motor?

Cada uma dessas engrenagens equivale a uma marcha. Marchas mais curtas são aquelas que geram menos velocidade, porém mais força. Já marchas mais longas geram mais velocidade e menos força. Isso se dá basicamente pela diferença de tamanho entre as engrenagens presentes na transmissão, e que são combinadas com o apoio da embreagem, que entrega de forma gradual a energia do motor para a transmissão do automóvel.

Normalmente, as marchas mais baixas são mais curtas (a segunda e a primeira, principalmente), enquanto as demais são mais longas. Ou seja, permanecem mais tempo girando engatadas durante o desenvolvimento natural de velocidade.

Conforme o carro se movimenta mais rápido, ele passa a precisar de menos força para se mover, uma vez que anda por inércia. Mas precisa desenvolver maior velocidade, por isso aumenta-se a marcha. Na redução, por sua vez, o motor entrega mais energia do que a marcha é capaz de suportar. Nesse caso, os giros do motor sobem e a marcha mais baixa ajuda a reter a velocidade do veículo.

Muitos condutores gostam de “esticar” a marcha do motor – ou seja – permanecer com uma marcha engatada por mais tempo do que o normal para dar mais velocidade ao carro. Acontece que nem sempre a marcha esticada gera mais velocidade. Toda engrenagem tem uma quantidade RPM no qual consegue entregar velocidade máxima. Quando ela atinge essa rotação, a marcha não gira mais rápido, o que apenas desgasta o motor.

Esticar marcha estraga o motor?Quais os resultados dessa atitude?

Os resultados imediatos dessa atitude não recomendável são o aumento do consumo de combustível, bem como a menor duração da vida útil do óleo lubrificante. Um maior desgaste das partes móveis do motor, como pistões e virabrequim. Por isso, condutores que durante todo o tempo de uso de um carro têm o hábito de esticar a marcha, provavelmente passarão adiante um veículo com um motor condenado ou com tempo de vida útil já reduzido pelo mau e ineficiente hábito.

O que mais pode acontecer ao sempre esticar demais a marcha?

No longo prazo, a esticada de marcha pode ser responsável por arrebentar a correia dentada, superaquecer o motor, ou em casos extremos, até mesmo quebrar o câmbio do veículo. Isso trará um grande prejuízo para o proprietário e grandes chances de ficar “na estrada”.

Contudo, há exceções: em uma subida muito íngreme, como em uma serra ou colina, por exemplo, os giros altos ajudam a manter o carro embalado, evitando imprevistos ou acidentes caso o motor venha a apagar por falta de giro. Mas, via de regra, manter um motor com marcha esticada e sempre em alto giro é sinônimo de prejuízo. Pois, nem sempre essa marcha esticada significa mais velocidade, mas, com certeza, significa mais desgaste e mais consumo.